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"Porque não me envergonho do evangelho de Cristo, pois é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê." - Romanos 1.16

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segunda-feira, 31 de agosto de 2015

Uma visão pessimista a respeito do homem

“Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus.”
Romanos 3.23
{Continuação: Ver Parte 1}

Além de ter uma visão pessimista a respeito do mundo, eu tenho também uma visão pessimista a respeito do homem. Algo que jamais podemos esquecer é que somos maus, não somos bons. De Gênesis a Apocalipse a Bíblia afirma categoricamente que somos maus. A nossa natureza, os nossos pensamentos, as nossas ações são más. 
A Bíblia diz em João 3.19: “Este é o julgamento: a luz veio ao mundo, mas os homens amaram as trevas, e não a luz, porque as suas obras eram más.”. Em sua Epístola aos Romanos no capítulo 5, versículo 12 Paulo diz que “como por um homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte, assim também a morte passou a todos os homens, porque todos pecaram.”.
O maior problema da humanidade não é a fome, não é o desemprego, não é a corrupção... O maior problema da humanidade não são as doenças, não é a violência... O MAIOR PROBLEMA DA HUMANIDADE É O PECADO. Ainda que conseguíssemos acabar com a violência, com as guerras, ainda que conseguíssemos acabar com a fome, a pobreza, ainda que encontrássemos a cura para todas as doenças... O nosso maior problema continuaria existindo, pois não há nada que possamos fazer para pagar nossos pecados.
Talvez as últimas postagens estejam um pouco pesadas, mas essa é a nossa realidade. Encontramo-nos diante destes DOIS PROBLEMAS: A MALDADE DO MUNDO e A NOSSAPRÓPRIA MALDADE. Porém, se quisermos ser vitoriosos, precisamos vencer estes dois problemas e para isso é necessário CONFIAR EM DEUS.

Na próxima postagem falarei sobre A CONFIANÇA EM DEUS que torna possível A VITÓRIA SOBRE O MUNDO e A VITÓRIA SOBRE O PECADO.

Deus vos abençoe!
André Buscaratti Silva

Postagem nº 95 – São José do Rio Preto, 31 de agosto de 2015-SEG
(Obs: Trecho da Mensagem pregada quinta-feira, dia 30 de julho de 2015 na Igreja Metodista Wesleyana de São José do Rio Preto. Tema: O SEGREDO DA VITÓRIA - Romanos 8.31-39).

quinta-feira, 26 de junho de 2014

COMO VENCER A TENTAÇÃO? {Parte 1 – Definição e Considerações}

COMO VENCER A TENTAÇÃO? {Parte 1 – Definição e Considerações}

Texto base: Tiago 1.13-15 – ”As provas e as tentações”

“Ninguém, sendo tentado, diga: De Deus sou tentado; porque Deus não pode ser tentado pelo mal, e a ninguém tenta.
Mas cada um é tentado, quando atraído e engodado pela sua própria concupiscência.
Depois, havendo a concupiscência concebido, dá à luz o pecado; e o pecado, sendo consumado, gera a morte.” (ACF).

“Ninguém, ao ser tentado, diga: Sou tentado por Deus. Pois Deus não pode ser tentado pelo mal, e ele a ninguém tenta.
Cada um, porém, é tentado quando esta o atrai e pelo o seu próprio mau desejo.
Depois, havendo esse desejo concebido, dá a luz o pecado; e o pecado, sendo consumado, gera morte.” (Thompson).

INTRODUÇÃO

Neste sermão quero falar de três armas que podemos utilizar para vencer a tentação. Desde já quero deixar claro que essas não são as únicas armas, talvez haja muitas outras. Simplesmente buscando nas Escrituras eu encontrei essas três armas sendo utilizadas (ou não) de forma muito clara por diferentes homens de Deus. Todavia, antes de qualquer coisa, é necessário definirmos a palavra tentação.

Definição:

 s. f. Ato de tentar; desejo veemente; movimento interior que nos instiga à pratica do mal; pessoa ou coisa que tenta. (Do lat. Tentatione.) – Dicionário Brasileiro Globo.

Provar, testar, tentar. Não é sempre que o termo “tentar” significa “fazer errar”.  (hebraico: massah; grego: peirasmós) – Dicionário Bíblico Templus.

Analisando todas essas informações bem como os relatos bíblicos a respeito da tentação é possível chegar à seguinte definição: TENTAÇÃO É toda oferta que alimenta os nossos desejos de praticar o mal, ou seja, a tentação está tanto fora (oferta) quanto dentro de nós (desejos).
A partir dessa definição, quero fazer duas considerações a respeito da tentação. A primeira consideração é inclusive dúvida de muitas pessoas: Deus tenta o homem? A Palavra de Deus, conforme acabamos de ler, diz que não.
Alguns podem citar a tentação de Jesus, dizendo que ele foi conduzido pelo Espírito Santo ao deserto, para ser tentado (Mateus 4.1). Nessa passagem da tentação de Jesus no deserto eu aprendo que embora Deus não tente ninguém, a tentação é também um meio de sermos provados por Deus. Quem tentou a Jesus no deserto não foi o Espírito Santo, foi o Diabo. Assim entendo que enquanto estamos sendo tentando, Deus está nos provando.
A segunda consideração que quero fazer a respeito da tentação, é que ela sempre será humana, no sentido de que seremos tentados sempre nas nossas vontades ou necessidades. Ela pode até ser trazida pelo Diabo ou pelas adversidades da vida, mas ela sempre será humana, ou seja, será sempre possível vencê-las. Por isso, nesse sermão, quero falar de três armas que podemos e devemos utilizar para vencer a tentação.

{Continua...}

André Buscaratti Silva

Postagem nº 86 – São José do Rio Preto, 26 de junho de 2014-QUI

(Obs.: Parte 1 do sermão apresentado como exigência para avaliação na disciplina de Homilética, do Curso de Teologia Livre. Apresentação realizada no sábado, dia 28 de junho de 2014 no CEFORTE (Centro de Formação Teológica) – Polo de Ribeirão Preto-SP.)

sábado, 13 de outubro de 2012

GRAÇA, resposta de Deus {Parte 1: A CONDIÇÃO HUMANA}

GRAÇA, resposta de Deus
{Parte 1: A CONDIÇÃO HUMANA}
  
PREFÁCIO
Nessa mensagem continuaremos falando da graça de Deus. Tenho para mim que um dos homens que mais entendeu a graça de Deus e por entender mais desfrutou dessa graça foi o Apóstolo Paulo. Para mim, o apóstolo Paulo é o homem mais incrível da Bíblia depois de Cristo, sua carta aos cristãos de Roma é um tratado extraordinário a respeito da graça de Deus.

TEXTO BÍBLICO
 “1 Tendo sido, pois, justificados pela fé, temos paz com Deus, por nosso Senhor Jesus Cristo; 2 Pelo qual também temos entrada pela fé a esta graça, na qual estamos firmes, e nos gloriamos na esperança da glória de Deus. 3 E não somente isto, mas também nos gloriamos nas tribulações; sabendo que a tribulação produz a paciência, 4 E a paciência a experiência, e a experiência a esperança. 5 E a esperança não traz confusão, porquanto o amor de Deus está derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado. 6 Porque Cristo, estando nós ainda fracos, morreu a seu tempo pelos ímpios. 7 Porque apenas alguém morrerá por um justo; pois poderá ser que pelo bom alguém ouse morrer. 8 Mas Deus prova o seu amor para conosco, em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores.” – Romanos 5.1-8

INTRODUÇÃO
A Carta do Apóstolo Paulo Aos Romanos é considerada a Epistola mais importante do ponto de vista teológico. A anunciação do Evangelho da Graça de Deus feita por Paulo nesta carta faz com que ela também seja conhecida como “O Evangelho Segundo Apóstolo Paulo”. O tema principal da carta é a justificação (graça) alcançada por meio da fé. Tal temática tem suma importância em uma igreja compostas por cristãos judeus e cristãos oriundos de religiões pagãs; Paulo parece perceber isso.
Nessa carta Paulo faz revelações impactantes a respeito da graça de Deus, em especial, nessa passagem que compõem nossa mensagem, estudaremos a GRAÇA, como resposta de Deus ao homem. Para isso, quero fazer 3 afirmações que revelam a condição humana e resumem aquilo que o homem é.

A CONDIÇÃO HUMANA

1. O Homem é um ser em divida com Deus
Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus.” Romanos 3.23
Desde Adão quando o homem peca, ele passa a ser devedor. Ao pecar o homem assume uma divida eterna com Deus. Em Ciências Contábeis aprendemos que um cidadão começa a pagar imposto a partir do momento que nasce. Nossa divida com Deus é assim também, ao nascermos nos tornamos devedores.
Essa dívida é impagável, não há nada que possamos fazer para pagar essa dívida. Podemos ir à igreja em todos os cultos, dar os dízimos e as ofertas, praticar atos de caridade, orar e ler a Bíblia todos os dias... Mesmo assim continuaremos em divida com Deus. Resumindo, o pecado nos transformou em inimigos de Deus (Rm 5.10).

2. O homem é um ser que sofre
Em toda a história da humanidade nós encontramos relatos de sofrimento. Deparamo-nos com histórias como a da 2ª guerra mundial que causou a morte de mais de 70 milhões de pessoas, entre elas mais de 6 milhões de Judeus. Conhecemos histórias de países onde pessoas morrem por não ter o que comer. Segundo a ONU (Organização das Nações Unidas) mais de 900 milhões de pessoas passam fome em todo o mundo.
É possível nos deparamos com o sofrimento humano todos os dias ao sairmos de nossas casas e nos encontrarmos pessoas caídas nas ruas e crianças pedindo esmolas. Encontramo-nos todos os dias pessoas com feriadas na alma, no corpo. Muitas vezes tais feridas podem estar em nossa própria alma: a dor do desemprego, do filho perdido nas drogas, de um familiar em um leito de hospital.
Qual a origem dessa dor? Muitas são as explicações: o comunismo vai nos dizer que a origem da dor é o capitalismo, a sociologia vai nos dizer que é o “meio”, a psicologia tentará nos convencer de que “o homem se perdeu em sua história”. Tais afirmações podem até ser verdadeiras, mas não revelam de fato a origem do sofrimento humano... Para chegar a essa origem, precisamos voltar lá no Éden.
E a Adão disse: Porquanto deste ouvidos à voz de tua mulher, e comeste da árvore de que te ordenei, dizendo: Não comerás dela, maldita é a terra por causa de ti; com dor comerás dela todos os dias da tua vida. Espinhos, e cardos também, te produzirá; e comerás a erva do campo. No suor do teu rosto comerás o teu pão, até que te tornes à terra; porque dela foste tomado; porquanto és pó e em pó te tornarás.” - Gênesis 3.17-19.
A Palavra de Deus revela que o homem passa a sofrer quando escolhe ser independente de Deus, quando escolhe seguir sua própria vontade. A origem do sofrimento humano está na escolha que este fez: o PECADO ao invés de Deus. Assim, algo que resume muito bem essa verdade é a citação de Dostoiévski, que diz: “Todo homem carrega dentro de si um vazio do tamanho de Deus”, o vazio de Deus é o MAIOR SOFRIMENTO HUMANO.

3. O homem é um ser que carrega em sua natureza carnal a maldade
Porque eu sei que em mim, isto é, na minha carne, não habita bem algum; e com efeito o querer está em mim, mas não consigo realizar o bem. Porque não faço o bem que quero, mas o mal que não quero esse faço.” - Romanos 7.18-19.
Essas palavras de Paulo revelam uma verdade fundamental a respeito do homem, uma verdade que temos dificuldade de aceitar, a verdade de que somos maus. Tal dificuldade já por si só já revela o quanto somos maus. Essa maldade está condicionada a nossa natureza carnal, já nascemos maus, já nascemos pecadores (Rm 5.18).
Qual a origem dessa maldade? Mais uma vez a origem está lá no Éden. Talvez você já esteja culpando Adão, mas ao fazer isso você já está mostrando que Adão é VOCÊ, Adão somos nós. Talvez você algum dia disse “se eu fosse Adão, eu não terá comido o fruto”, porém, você nem se deu conta que ao dizer isso acabara de comer o fruto.
A tendência de transferir responsabilidades ou justificar os nossos erros já revelam o quanto somos maus. Essa maldade se revela ainda mais quando nós homens responsabilizamos Deus pelas maldades que nós mesmos (homens) fazemos; ou quando declaramos a Sua inexistência baseados na existência da maldade, e então perguntamos: onde está Deus? E assim mais uma vez revelamos o quanto somos MAUS!

{Continua...}

André Buscaratti Silva

Postagem nº 73 – São José do Rio Preto, 13 de outubro de 2012-SAB
(Obs: Primeira parte da mensagem pregada quinta-feira, dia 11 de outubro de 2012 na Igreja Metodista Wesleyana de São José do Rio Preto.)

sábado, 6 de agosto de 2011

O PECADO

O PECADO

“Está escrito que Deus, ao completar a obra da criação, declarou que tudo era ‘muito bom’. Observando, mesmo ligeiramente, chegamos à convicção de que muitas coisas que agora existem não são boas – o mal, a impiedade, a opressão, a luta, a guerra, o sofrimento, e a morte. E naturalmente surge a pergunta: Como entro o mal no mundo? – uma pergunta que tem deixado perplexos muitos pensadores. A Bíblia oferece a resposta de Deus; ainda mais, nos informa o que o pecado realmente é; melhor ainda, nos apresenta o remédio para o pecado.”

TEXTO ÁUREO

“Mas as vossas iniquidades fazem separação entre vós e o vosso Deus; e os vossos pecados encobrem o seu rosto de vós, para que vos não ouça.” (Isaías 59.2).

VERDADE PRÁTICA

A única coisa que separa o homem de Deus é o pecado, e este em sua essência constituísse em um único ato: a autossuficiência humana em relação a Deus.



LEITURA BÍBLICA

GÊNESIS 3.1-7

1 Ora, a serpente era a mais astuta que todas as alimárias do campo que o Senhor Deus tinha feito. E esta disse à mulher: É assim que Deus disse: Não comereis de toda árvore do jardim? 2 E disse a mulher à serpente: Do fruto das árvores do jardim comeremos, 3 mas, do fruto da árvore que está no meio do jardim, disse Deus: Não comerei dele, nem nele tocareis, para que não morrais. 4 Então, a serpente disse à mulher: certamente não morrereis. 5 Porque Deus sabe que, no dia em que dele comerdes, se abrirão os vossos olhos, e sereis como Deus, sabendo o bem e o mal. 6 E, vendo a mulher que aquela árvore era boa para se comer, e agradável aos olhos, e árvore desejável para dar entendimento. Tomou do seu fruto, e comeu, e deu também a seu marido, e ele comeu com ela. 7 Então, foram abertos os olhos de ambos, e conheceram que estavam nus; e coseram folhas de figueira, e fizeram para si aventais.

INTRODUÇÃO

A origem do pecado humano se deu no Éden mediante a tentação e queda do homem (Gn 3.6-7), desta forma o pecado adentrou ao mundo trazendo condenação e morte a todos os homens: “Pois assim como por uma só ofensa veio juízo sobre todos os homens para condenação, assim também por um só ato de justiça veio a graça sobre todos os homens para justificação de vida.” (Rm 5.18). Porém, o primeiro pecado ocorreu na rebelião de Satanás contra Deus: “Perfeito eras nos teus caminhos, desde o dia em que foste criado, até que se achou iniquidade em ti.” (Ez 28.15). Em ambos os casos, veremos que o pecado constituiu-se em um único ato, desencadeando assim sucessivas práticas pecaminosas.

I. O FATO DO PECADO

O primeiro passo para entendermos o que é pecado é reconhecer que ele existe. O pecado e a crença em Deus caminham lado a lado: quem não crê em Deus, não crê também na existência do pecado; da mesma forma quem nega a existência do pecado, nega também a necessidade de Deus. O pecado existe, em sua essência constitui-se em um único ato e por isso, a ideia de negar, desculpar ou diminuir a natureza do pecado caracteriza um grande equívoco. Porém algumas teorias sustentam tais ideias.

1. O ateísmo, ao negar Deus, nega também o pecado, porque, estritamente falando, todo pecado é contra Deus; e se não a Deus, não há pecado.
2. O determinismo é a teoria que afirma ser o livre arbítrio uma ilusão e não uma realidade. Nós imaginamos que somos livres para fazer nossa escolha, porém realmente nossas opções são ditadas por impulsos internos e circunstâncias indiferentes do nosso domínio.
3. O hedonismo (da palavra grega que significa “prazer”) é a teoria que sustenta que o melhor ou o mais proveitoso que existe na vida é a aquisição do prazer e a fuga à dor; de modo que a primeira pergunta que se faz não é: “isto é correto”?, mas sim: “trará prazer?”.
4. A Ciência Cristã – esta seita (que já estudamos) nega a realidade do pecado. Declara que o pecado não é algo positivo, mas simplesmente a ausência do bem.
5. A evolução considera o pecado como a herança do animalismo primitivo do homem. Desse modo, em lugar de exortar à gente a deixar o “homem velho”, os proponentes dessa teoria deveriam admoestá-los a que deixassem o “velho macaco”.

II. A NATUREZA DO PECADO

O que é pecado? A Bíblia usa uma variedade de termos para expressar o mal de ordem moral, os quais nos explicam algo de sua natureza. Um estudo desses termos, nos originais hebraico e grego, fornecerá a definição bíblica do pecado. Além disso, em uma breve análise veremos que a palavra “pecado” aparece sempre no singular “Mas, se andarmos na luz, como ele na luz está, temos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus Cristo seu filho, nos purificas de todo pecado.” (1 Jo 1.7); quando aparece no plural é porque está tratando no coletivo.

1. O ensino do Antigo Testamento. A palavra mais comumente usada para o pecado significa “errar o alvo”. Em Gênesis 4.7 onde a palavra é mencionada pela primeira vez, o pecado é personificado como uma fera à espreita e pronta para atacar. Outra palavra significa literalmente “tortuosidade” e é muitas vezes traduzida por “perversidade”.

2. Os ensinos do Novo Testamento. O Novo Testamento descreve o pecado como: “errando o alvo”, que expressa a mesma ideia que a conhecida palavra do Velho Testamento, “divida” (Mt 6.12), “iniquidade” (1 Jo 3.4), “desobediência” (Hb 2.2), “transgressão” (Rm 4.15), “queda” (Ap 2.5) “ofensa” (Ef 1.7), “derrota” (“sua queda” Rm 11.12), “impiedade” (Rm 1.18; 2 Tm 2.16), “erro” (“culpa” Hb 9.7).

III. A ORIGEM DO PECADO

 Para entender como o homem conheceu o pecado, é preciso entender quando o mal passou a existir no mundo espiritual. Se todo pecado é contra Deus, então o primeiro ser a pecar foi Lúcifer, em seguida o homem entrando assim o pecado e a morte no mundo.

1. Lucifer - Em Ezequiel 28.13-16 vemos que o Diabo era um anjo formoso, poderoso e perfeito em seus caminhos, até que nele se achou iniquidade: “Estavas no Éden, jardim de Deus; toda pedra preciosa era a tua cobertura: a sardônia, o topázio, o diamante, a turquesa, o ônix, o jaspe, a safira, o carbúnculo, a esmeralda e o ouro; a obra dos teus tambores e dos teus pífaros estava em ti; no dia em que foste criado, foram preparados. Tu eras querubim ungido para proteger, e te estabeleci; no monte santo de Deus estavas no meio das pedras afogueadas andavas. Perfeito eras nos teus caminhos, desde o dia em que foste criado, até que se achou iniquidade em ti.”. Em Isaías 14.13-15 vemos o plano de Satanás: “Eu subirei ao céu, e, acima das estrelas de Deus, exaltarei o meu trono, e, no monte da congregação, me assentarei, da banda dos lados do Norte. Subirei acima das mais altas nuvens e serei semelhante ao Altíssimo. E, contudo, levado serás ao inferno, ao mais profundo do abismo.” e em Lucas 10.18 vemos nas palavras de Jesus como esse plano acabou: “Eu via Satanás, como raio, cair do céu.”.
                     
2. O homem – O capítulo 3 de Gênesis revela como o pecado entrou no mundo e mostra os pontos chaves que caracterizam a história espiritual do homem: a tentação (vs. 1-7), a culpa (vs. 8-13), o juízo (vs. 14-19) e a redenção (vs. 14-15).


IV. AS CONSEQUÊNCIAS DO PECADO

1. Fraqueza espiritual
a) Desfiguração da imagem de Deus – o homem não perdeu completamente a imagem divina, porque ainda em sua posição decaída é considerado como uma criatura à imagem de Deus (Gn 9.6; Tg 3.9). b) Pecado inerente, ou “pecado original”. O efeito da queda arraigou-se tão profundamente na natureza humana que Adão, como pai da raça, transmitiu a seus descendentes a tendência ou inclinação para pecar. c) Discórdia interna – no princípio Deus fez o corpo do homem do pó, dotando-o, desse modo, de uma natureza física ou inferior; logo soprou em seu nariz o fôlego da vida, comunicando-lhe assim uma natureza mais elevada, unificando-o a Deus. Era o propósito de Deus a harmonia do ser do homem, tendo o corpo subordinado à alma; mas o pecado interrompeu a relação de tal maneira que o homem se encontrou dividido em si mesmo, em uma guerra constante entre a natureza inferior e a superior.

2. Castigo positivo
Morte física – O homem foi criado capaz de viver eternamente; isto é, não morreria se obedecesse a lei de Deus. Porém o homem pecou, caiu em tentação e rebelou-se contra Deus, sofrendo assim como consequência a certeza da morte. “No dia em que dela comeres certamente morrerás” (Gn 6.23); “O salário do pecado é a morte.” (Rm 6.23).

CONCLUSÃO

Classificar pecados não é uma atitude coerente. Se entendermos que o pecado consiste na autossuficiência humana em relação a Deus, então passaremos a entender que para Deus não existe ‘pecadinho’ e ‘pecadão’, MAS SIM PECADO. O pecado não passa a existir em um ato consumado (adultério, prostituição, mentira, fornicação, morte, etc), mas sim em um ato pensado (Mt 5.27) que revela a autossuficiência humana na busca de sua própria vontade desencadeando varias práticas (ou atos consumados) pecaminosas (Tg 1.13-15).
Então, quem classifica o pecado são os próprios homens, mais precisamente os religiosos, os ‘santos’, os ‘crentãos’. Não julgue a gravidade de uma prática pecaminosa pelas suas consequências; entenda que cada prática tem a sua consequência, porém toda prática pecaminosa é grave aos olhos de Deus, tanto o adultério como aquela pequena mentirinha.  

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

 PEARLMAN, Myer. Conhecendo as doutrinas da Bíblia. Tradução N. Lawrence Olson. 4. ed. Rio de Janeiro: Emprevan, 1973.


André Buscaratti Silva

Postagem nº 24 - São José do Rio Preto 5 de agosto de 2011-SEX
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