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"Porque não me envergonho do evangelho de Cristo, pois é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê." - Romanos 1.16

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sábado, 17 de setembro de 2016

Como deve ser o namoro cristão?

Como deve ser o namoro cristão?

A cada dia torna-se mais evidente a banalização dos relacionamentos. Consequentemente isto tem refletido no namoro de muitos cristãos. Jovens e adolescentes que apesar da pouca idade já iniciaram e terminaram inúmeros relacionamentos. Outros que se relacionam sexualmente antes do casamento. E assim cada vez mais o namoro praticado por jovens cristãos menos se diferencia do namoro praticado por jovens mundanos.
Qual o principal objetivo do namoro? Existe um padrão para o namoro cristão? Por quais etapas devo passar para alcançar maturidade nos relacionamentos? Existem respostas para estas perguntas? Esse trabalho procura tornar claro os princípios bíblicos para se construir um namoro puro e agradável a Deus.

Pare ter acesso ao trabalho completo, clique aqui e faça o download no site do Scribd.

Boa leitura, que Deus te abençoe!

André Buscaratti Silva

Postagem nº 98 – São José do Rio Preto, 17 setembro de 2016-SAB

(Obs: Resumo da Monografia apresentada como requisito obrigatório para conclusão do Curso Livre em Teologia do Centro de Formação Teológica – CEFORTE – polo de Ribeirão Preto.).

domingo, 29 de junho de 2014

COMO VENCER A TENTAÇÃO? {Parte 2 – Armas para vencer a tentação}

COMO VENCER A TENTAÇÃO? {Parte 2 – Armas para vencer a tentação}

{Continuação: 3 armas para vencer a tentação.}

ARMAS PARA VENCER A TENTAÇÃO

1. Vigilância: Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; na verdade, o espírito está pronto, mas a carne é fraca.” – Mateus 26.41.

A primeira arma que quero falar é a vigilância. Uma das formas de vencermos a tentação é entendendo a fraqueza de nossa carne. Devemos lembrar sempre que carregamos a natureza caída dentro de nós. O Nosso velho homem quer se levantar sempre e por isso é preciso vigiar.
Vigiar significa estar atento, não abrir brechas, reconhecer as nossas limitações, nossas fraquezas. As fraquezas de alguns talvez seja a ganância, o desejo de querer sempre mais, de levar vantagem em tudo. Ou talvez seja na área sexual, a cobiça, a lascívia, a pornografia, a masturbação, o desejo de possuir alguém que não lhe pertence. Ou talvez seja a busca desenfreada por sucesso, dinheiro, poder e tantos outros desejos guardados no mais intimo de nossas almas. Como agir diante dessa realidade? Vigiando.
Para não ficar somente nas minhas palavras, quero lembrá-los da história de um rei... Um rei que não vigiou; que não afastou de si a ociosidade. Esse rei devia estar na batalha que seu povo lutava, mas decidiu ficar em seu palácio, ocioso, com a mente desocupada e enquanto caminhava pelo terraço de seu palácio, se viu diante da tentação (2 Samuel 11-1-27).
Davi caiu no pecado da omissão, da cobiça, do adultério, da mentira, do homicídio, pois não vigiou. Se quisermos vencer as tentações, precisamos estar vigilantes, precisamos reconhecer nossas fraquezas e nos manter longe delas.

2. Oração: “Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; na verdade, o espírito está pronto, mas a carne é fraca.” – Mateus 26.41.

Ainda nesse mesmo versículo de Mateus (exposto também em Marcos 14.38) encontramos outra arma que podemos e devemos utilizar para vencer a tentação. Se a nossa carne é fraca no sentido de fazer a vontade de Deus, o nosso espírito é fortalecido através da oração.
Quando oramos ficamos mais pertos do Pai. A oração nos trás paz, tira de nós as nossas ansiedades, os nossos medos. Enquanto oramos somos fortalecidos por Deus. Veja que interessante o detalhe que o Evangelho de Lucas nos mostra: enquanto Jesus orava em agonia tão profunda a ponto de seu suor se transformar em sangue, “um anjo do céu o fortalecia” (Lucas 22.43).
Devemos orar também pedindo para que Deus nos ajude a suportar as tentações. Jesus ensina seus discípulos a orarem “não nos deixe cair em tentação, mas livra-nos do mal” (Mateus 6.13). É interessante que Jesus reconhece a realidade da tentação e ele mesmo foi “em tudo tentado, porém sem pecado” (Hebreus 4.18).
Você quer estar forte diante da tentação? Ore. Você quer ter um espírito pronto, preparado? Ore. Quer estar mais perto de Deus e longe do mal? Busque intimidade com Deus através da oração.

3. Palavra: “Escondi a tua palavra no meu coração, para eu não pecar contra ti”Salmos 119.11.

A última arma que quero falar nesse sermão é a Palavra. Se quisermos vencer as tentações, precisamos estar alimentados pela Palavra de Deus. A Palavra de Deus é o nosso guia, o nosso alimento. As Escrituras trazem respostas as nossas duvidas, orientação em nossas decisões, luz ao nosso caminho.
Veja que interessante as palavras de Jesus aos seus discípulos: “Todo aquele, pois, que escuta estas minhas palavras, e as pratica, assemelhá-lo-ei ao homem prudente, que edificou a sua casa sobre a rocha” (Mateus 7.24). Se quisermos vencer a tentação, precisamos ser prudentes.
Um dos exemplos que mais gosto é o do menino Jesus no templo, lendo as Escrituras (conforme tradição), interrogando e respondendo aos doutores da lei; e “todos os que o ouviam admiravam-se de sua inteligência e respostas”. E a Palavra diz que Jesus crescia em sabedoria, em estatura e em graça diante de Deus e dos homens (Lucas 2.39-52).
Depois de muitos anos, lá na frente vemos Jesus vencendo a tentação através da Palavra. É interessante notar que até o Diabo usou a Palavra para tentar confundir Jesus. Imagine se Jesus não tivesse convicção do que cria? Imagina se Jesus não conhecesse a Palavra? Mas vemos Jesus respondendo três vezes: está escrito (Mateus 4.1-11; Lucas 4.1-13).
Você quer ter respostas para enfrentar as tentações? Aplica-se na Palavra. Quer encontrar refúgio em meio aos problemas e dificuldades da vida? Busque na Palavra. Quer encontrar o escape, a direção em meio às incertezas do seu dia-a-dia? Alimente-se da Palavra.

CONCLUSÃO

Somos tentados todos os dias. Uma mulher bonita que passa em nossa frente, uma proposta de obter dinheiro fácil ou passar alguém para trás, possuir algo que não nos pertence. Todos nós temos as nossas fraquezas, cada um de nós sabe em qual área de nossas vidas encontram-se nossas maiores fraquezas. Para vencermos as tentações do nosso dia-a-dia, precisamos estar vigilantes, fortalecidos pela oração e alimentados pela Palavra.

Apelo:

Nunca é tarde para mudarmos nossas atitudes, nunca é tarde para reconhecermos nossas fraquezas. Hoje mesmo podemos assumir o compromisso de estar vigilantes, de nos aproximarmos mais de Deus em oração e de nos alimentarmos sempre da sua Palavra. Faça hoje esse compromisso.

André Buscaratti Silva

Postagem nº 87 – São José do Rio Preto, 29 de junho de 2014-DOM

(Obs.: Parte 2 do sermão apresentado como exigência para avaliação na disciplina de Homilética, do Curso de Teologia Livre. Apresentação realizada no sábado, dia 28 de junho de 2014 no CEFORTE (Centro de Formação Teológica) – Polo de Ribeirão Preto-SP.)

quinta-feira, 26 de junho de 2014

COMO VENCER A TENTAÇÃO? {Parte 1 – Definição e Considerações}

COMO VENCER A TENTAÇÃO? {Parte 1 – Definição e Considerações}

Texto base: Tiago 1.13-15 – ”As provas e as tentações”

“Ninguém, sendo tentado, diga: De Deus sou tentado; porque Deus não pode ser tentado pelo mal, e a ninguém tenta.
Mas cada um é tentado, quando atraído e engodado pela sua própria concupiscência.
Depois, havendo a concupiscência concebido, dá à luz o pecado; e o pecado, sendo consumado, gera a morte.” (ACF).

“Ninguém, ao ser tentado, diga: Sou tentado por Deus. Pois Deus não pode ser tentado pelo mal, e ele a ninguém tenta.
Cada um, porém, é tentado quando esta o atrai e pelo o seu próprio mau desejo.
Depois, havendo esse desejo concebido, dá a luz o pecado; e o pecado, sendo consumado, gera morte.” (Thompson).

INTRODUÇÃO

Neste sermão quero falar de três armas que podemos utilizar para vencer a tentação. Desde já quero deixar claro que essas não são as únicas armas, talvez haja muitas outras. Simplesmente buscando nas Escrituras eu encontrei essas três armas sendo utilizadas (ou não) de forma muito clara por diferentes homens de Deus. Todavia, antes de qualquer coisa, é necessário definirmos a palavra tentação.

Definição:

 s. f. Ato de tentar; desejo veemente; movimento interior que nos instiga à pratica do mal; pessoa ou coisa que tenta. (Do lat. Tentatione.) – Dicionário Brasileiro Globo.

Provar, testar, tentar. Não é sempre que o termo “tentar” significa “fazer errar”.  (hebraico: massah; grego: peirasmós) – Dicionário Bíblico Templus.

Analisando todas essas informações bem como os relatos bíblicos a respeito da tentação é possível chegar à seguinte definição: TENTAÇÃO É toda oferta que alimenta os nossos desejos de praticar o mal, ou seja, a tentação está tanto fora (oferta) quanto dentro de nós (desejos).
A partir dessa definição, quero fazer duas considerações a respeito da tentação. A primeira consideração é inclusive dúvida de muitas pessoas: Deus tenta o homem? A Palavra de Deus, conforme acabamos de ler, diz que não.
Alguns podem citar a tentação de Jesus, dizendo que ele foi conduzido pelo Espírito Santo ao deserto, para ser tentado (Mateus 4.1). Nessa passagem da tentação de Jesus no deserto eu aprendo que embora Deus não tente ninguém, a tentação é também um meio de sermos provados por Deus. Quem tentou a Jesus no deserto não foi o Espírito Santo, foi o Diabo. Assim entendo que enquanto estamos sendo tentando, Deus está nos provando.
A segunda consideração que quero fazer a respeito da tentação, é que ela sempre será humana, no sentido de que seremos tentados sempre nas nossas vontades ou necessidades. Ela pode até ser trazida pelo Diabo ou pelas adversidades da vida, mas ela sempre será humana, ou seja, será sempre possível vencê-las. Por isso, nesse sermão, quero falar de três armas que podemos e devemos utilizar para vencer a tentação.

{Continua...}

André Buscaratti Silva

Postagem nº 86 – São José do Rio Preto, 26 de junho de 2014-QUI

(Obs.: Parte 1 do sermão apresentado como exigência para avaliação na disciplina de Homilética, do Curso de Teologia Livre. Apresentação realizada no sábado, dia 28 de junho de 2014 no CEFORTE (Centro de Formação Teológica) – Polo de Ribeirão Preto-SP.)

domingo, 26 de maio de 2013

Apologética Cristã: A IMPORTÂNCIA DA IGREJA I

Apologética Cristã: A IMPORTÂNCIA DA IGREJA I

Quando analisamos a história da apologética cristã, percebemos que ela se desenvolveu a partir da necessidade de defesa diante das ameaças internas e externas que os cristãos sofriam.
Já no início da igreja, sob acusação de insubmissão, os primeiros cristãos enfrentavam as ameaças e perseguições do império romano; por outro lado, a classe intelectual (filosófica) da época classificava a fé cristã como uma filosofia fraca, desenvolvida a partir de vários conceitos filosóficos já existentes.
Além disso, havia também a descrença de grande parte da sociedade, que enxergavam os cristãos como uma classe inferior, pois na época os cristãos eram acusados de comerem crianças, e em seus rituais beberem sangue e comerem carne humana. Não por acaso, na metade do século 2º, os apologistas gregos se levantam em defesa da fé cristã.
Esses são apenas alguns exemplos das muitas ameaças externas que os cristãos e consequentemente a igreja de Cristo sofreram ao longo dos anos. Hoje não é diferente. Continuamos sofrendo constantes ameaças de nossas autoridades (e muitos nem sabem); enfrentamos falsas acusações diariamente (homofobia, charlatanismo), e recebemos o desprezo do mundo que há muito se esqueceu de que “o temor do Senhor, é o princípio da sabedoria” (Provérbios 9.10).
Mas há uma ameaça muito mais preocupante e cada vez mais forte surgindo dentro de nossas igrejas; já no inicio do cristianismo ela se mostrava presente. Entre o final do primeiro século e inicio do segundo, encontramos os pais apostólicos lutando contra as ameaças surgidas dentro da própria igreja: as falsas doutrinas e as correntes filosóficas que influenciavam negativamente a fé cristã.
Hoje não é diferente. As falsas doutrinas continuam surgindo dentro de nossas igrejas: a confissão positiva, a cura divina, a prosperidade, são as doutrinas com maior evidencia nos dias atuais. O sincretismo e o liberalismo presentes em várias igrejas afastam os cristãos da verdade e do real compromisso com Deus.
Mas a maior ameaça presente no seio da igreja hoje, não são essas falsas doutrinas ou as acusações e perseguições; a maior ameaça que enfrentamos hoje é a frieza impregnada em nossos corações. E não é apenas uma frieza espiritual, é a frieza do coração, do pensamento, do ânimo, da esperança, do amor, da comunhão.
Necessitamos de uma transformação que parta de dentro para fora. Precisamos ouvir o que o Espírito diz às igrejas. Por isso dedico esse artigo a nós cristãos; a nós que desejamos essa transformação em nosso interior, essa renovação do nosso entendimento.
Quero nesse artigo falar da importância da igreja em todos os contextos que nós seres humanos estamos envolvido: espiritual, familiar, moral e social. Creio que embora perigosa, a maior ameaça nunca será a do inimigo, mas sim aquela que surgem no meio de nós. O fogo, não pode se apagar.

“O fogo arderá continuamente sobre o altar; não se apagará.”
Levíticos 6.13

André Buscaratti Silva
REFERÊNCIAS:

GONZALEZ, Justo L. Uma História do Pensamento Cristão: Do início até o Concílio de Calcedônia. Tradução de Paulo Arantes; Vanuza Helena Freira de Mattos. São Paulo: Cultura Cristã, 2004.

Postagem nº 83 – São José do Rio Preto, 26 de maio de 2013-DOM

(1ª Parte do Trabalho de Apologética Cristã, Prof.º Marcos - Seminário Teológico Ceforte – Polo de Ribeirão Preto-SP).

sexta-feira, 7 de setembro de 2012

Drogas VS Igreja

Drogas VS Igreja

Já é do conhecimento de todos que o problema com drogas não é mais apenas um fato isolado de um indivíduo, ou uma tragédia ocorrida em uma família, é na verdade um problema social que atinge todas as camadas da sociedade independentemente do credo, cultura, classe social, idade ou sexo. As drogas não escolhem suas vitimas.
Uma Pesquisa da fundação Getúlio Vargas (FGV) apontou que 62 % dos usuários de drogas pertencem à classe A, 50,7 % dos consumidores declarados de drogas no Brasil têm idade entre 20 e 29 anos e 30 % dos consumidores de drogas frequentam a universidade (Fonte: O Globo Online, em 24 out. 2007).
Para se ter uma ideia, o Brasil em 2008 já era o segundo maior consumidor de cocaína do mundo, com 870 mil usuários, ficando atrás apenas dos Estados Unidos (Fonte: Jailton de Carvalho - O Globo Online. Publicada em 6 jun. 2008.). Outro dado aponta que 22,8% da população no Brasil consome drogas e que o número de viciados em crack, cocaína e maconha na capital paulista chega a 1,6 milhão (Disponível em: < http://vencendoasdrogas.com/NUMEROS.htm > Acesso em: 09 nov. 2010).
O problema é tão sério, que até o poder publico tem dado atenção a este assunto. Nunca antes se ouviu falar tanto sobre drogas pelas autoridades publicas como hoje; nunca se viu a criação de tantas políticas a cerca desse assunto, e nunca antes se viu tanto investimentos dos governos nessa área.
Se antes um dependente químico era tratado como marginal, hoje aos olhos das autoridades ele é visto como um doente. Se antigamente esse dependente químico encontrava ajuda apenas nos grupos anônimos (na maioria das vezes nem na família encontrava) e tratamento apenas em clinicas particulares, hoje o governo oferece ajuda e tratamento em órgãos públicos, como por exemplo, o CAPS[1] e clinicas (Uniad[2], Cratod[3]).
Não iremos aqui discutir se esses investimentos são ou não suficientes, não vamos aqui discutir se essas políticas são ou não eficazes... O que queremos é na verdade mostrar o quanto essa realidade tem tomado importância no nosso dia a dia. E a discussão que será proposta nesse artigo não diz respeito às ações do governo, mas assim ao posicionamento da igreja diante dessa realidade.
Ao pensarmos sobre o posicionamento da igreja uma pergunta inevitável surge em nossa mente: O que temos feito? A resposta é MUITO POUCO, principalmente quando passamos a ter conhecimento da gravidade desse problema, principalmente quando passamos a perceber o quanto ele é grande podendo estar bem ao nosso lado.
Temos orientado nossas crianças e adolescentes a respeito desse assunto? Temos conversado abertamente com nossos jovens sobre drogas? Estamos promovendo encontros, estudos, debates, palestras com essa temática? E a igreja, está preparada para receber uma pessoa com esse problema e oferecer-lhe ajuda? Como nossa comunidade reagiria ao ver um “drogado” entrar em um culto? O acolheria ou o colocaria para fora?
Muitas vezes temos membros em nossas igrejas que estão passando por esse problema, mas nem sabemos. Muitas vezes temos irmãos (ãs) em nossas igrejas que já passaram por esse problema, porém não damos valor às experiências e aos ensinamentos que eles (as) podem nos transmitir.
E o que dizer daqueles que não estão em nossas igrejas, mas estão perdidos nas ruas, embaixo de marquises e pontilhões? Trataremos estes com antipatia chamando-os de vagabundos, perdidos? Trataremos estes com apatia olhando-os com o olhar da indiferença? O olhar que não nos permite enxergá-los? Ou trataremos estes com empatia, amando-os com o amor de Cristo, chamando-os para uma nova vida, e enxergando-os como semelhantes?
Podemos e devemos mudar essa situação. Essa mudança deve ocorrer de dentro para fora. Essa transformação deve ocorrer dentro de cada um de nós. Não adianta querermos abraçar o mundo se não conseguimos abraçar aqueles que estão ao nosso lado, não adianta querermos salvar aqueles que estão nas ruas enquanto perdermos os que estão ao nosso lado.
Não podemos nos conformar com essa realidade. Devemos nos preparar para ajudar primeiramente aqueles que estão ao nosso lado e em seguida, os que estão lá fora. Para isso é fundamental que haja uma renovação do nosso entendimento (Rm 12.2). Somente abandonando velhos (pré) conceitos e mudando a nossa maneira de pensar é que seremos capazes de oferecer ajuda.
Abandonar a idéia de que todo drogado é vagabundo, e a sina de que “uma vez drogado, sempre drogado” são os primeiros passos; aliás, essa palavra “drogado” já é em si carregada de preconceito e revela a total falta de conhecimento daqueles que a utiliza. Seria muito bom, coerente e humano se substituíssemos a palavra “drogado”, por dependente químico.
Agindo assim veremos a realidade em nossa volta ser transformada. Quando deixamos de ser conformados, a inconformidade gera mudanças. Então veremos verdadeiramente uma comunidade (igreja) que tem tudo em comum (At 2.37-47). Veremos pessoas ajudando e sendo ajudadas. Veremos uma igreja atuante além das quatro paredes.
Encerro com um ensinamento Bíblico a respeito da acepção de pessoas:

Todavia, se cumprirdes, conforme a Escritura, a lei real: Amarás a teu próximo como a ti mesmo, bem fazeis. Mas, se fazeis acepção de pessoas, cometeis pecado, e sois redargüidos pela lei como transgressores.” - Tiago 2:8-9

Para mudar o mundo, comece mudando você!

Deus vos abençoe!


André Buscaratti Silva

Postagem nº 69 - São José do Rio Preto, 7 de setembro de 2012-SEX

(Artigo apresentado como Trabalho de Sociologia, Prof.ª Suely Campos - Seminário Teológico Ceforte – Polo de Ribeirão Preto-SP).



[1] Centros de Atenção Psicossocial.
[2] Unidade de Pesquisa em Álcool e Drogas.
[3] Centro de Referência de Álcool, Tabaco e Outras Drogas.

sábado, 28 de abril de 2012

SOBRE O DIVÓRCIO

SOBRE O DIVÓRCIO

INTRODUÇÃO

O objetivo desse estudo é analisar o texto bíblico contido no Evangelho de Mateus capitulo 19, versículos 3 ao 9.
O assunto tratado no texto diz respeito ao casamento tendo o divórcio como tema principal.

Texto Base:

Segue abaixo o texto extraído da Bíblica Sagrada, Edição Revista Corrigida e Revisada - Fiel ao Texto Original:
 3- Então chegaram ao pé dele os fariseus, tentando-o, e dizendo-lhe: É licito ao homem repudiar sua mulher por qualquer motivo? 4- Ele, porém, respondendo, disse-lhes: Não tendes lido que aquele que os fez no princípio macho e fêmea os fez, 5- e disse: Portanto, deixará o homem pai e mãe, e se unirá à sua mulher, e serão dois numa só carne? 6- Assim não são dois, mas uma só carne. Portanto, o que Deus ajuntou não o separe o homem. 7- Disseram-lhe eles: Então, por que mandou Moisés dar-lhe carta de divórcio, e repudiá-la? 8- Disse-lhes ele: Moisés, por causa da dureza dos vossos corações, vos permitiu repudiar vossas mulheres; mas ao princípio não foi assim. 9- Eu vos digo, porém, que qualquer que repudiar sua mulher, não sendo por causa de fornicação, e casar com outra, comete adultério; e o que casar com a repudiada também comete adultério.”.

É importante notarmos que esse texto desenvolve-se a partir de uma pergunta: “É licito ao homem repudiar sua mulher por qualquer motivo?”; logo, tentar responder a qualquer outra pergunta sem antes nos atentarmos para esta pergunta principal, nos levará a conclusões equivocadas a respeito do assunto.
O primeiro ponto que devemos estabelecer na análise desse texto, é que o assunto tratado aqui é o casamento e o que se discute aqui, é se marido e esposa podem se separar (divórcio) por qualquer motivo; assim o divórcio passa a ser tema central do assunto. Então antes de analisarmos o tema (que é mais centralizado), iremos analisar o assunto (que é mais abrangente).

O CASAMENTO

É licito ao homem repudiar sua mulher por qualquer motivo?

Jesus responde essa pergunta reafirmando o propósito de Deus para o casamento: tornar o homem e a mulher uma só carne, sendo uma exemplificação da igreja (noiva) e Cristo (noivo) - cf. Efésios 5.31-32.
Esse princípio foi estabelecido por Deus desde o início na instituição do primeiro casamento:
“Portanto deixará o homem o seu pai e a sua mãe, e apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos uma só carne.” – Gn 2.24.
A resposta conclusiva de Jesus é bem clara:
Portanto, o que Deus ajuntou não o separe o homem.”.
Embora, Jesus deixe claro que o homem não pode repudiar sua mulher por qualquer motivo, a pergunta feito pelos fariseus traz em si mesma a possibilidade para que se abram exceções, ou seja, a expressão “qualquer motivo” abre a possibilidade de que por um motivo justo é lícito sim ao homem repudiar a sua mulher.
Como o objetivo dos fariseus não era ter uma resposta a uma duvida, mas sim fazer com que Jesus cai-se em contradição (“tentando-o”), eles incluem na discussão outra pergunta: “Então, por que mandou Moisés dar-lhe carta de divórcio, e repudiá-la?”.
O texto citado pelos fariseus encontra-se em Deuteronômio 24.1 e para está pergunta, Jesus dá uma resposta bem clara também: “Moisés, por causa da dureza dos vossos corações, vos permitiu repudiar vossas mulheres; mas ao princípio não foi assim.”. Até esse ponto da discussão, Jesus responde as duas perguntas de forma clara, nos permitindo chegar a seguinte conclusão de que NÃO é licito ao homem repudiar a sua mulher por qualquer motivo, tendo Moisés permitido isso por causa da dureza dos corações dos homens, porém essa não é a vontade de Deus.

Embora as duas perguntas tenham sido respondidas por Jesus de forma clara e objetiva, a discussão não se encerra aqui.

A RESPEITO DE DIVÓRCIO

Jesus acrescenta um ensinamento precioso para as nossas vidas a respeito do divórcio: “Eu vos digo, porém, que qualquer que repudiar sua mulher, não sendo por causa de fornicação, e casar com outra, comete adultério; e o que casar com a repudiada também comete adultério..
A discussão gira em torno da divisão que havia entre os rabinos judeus em relação à interpretação da lei de Dt 24.1: os seguidores do rabino Shammai eram muito preciosos e permitiam o divórcio apenas em caso de adultério; já os seguidores de Hillel permitiam o divórcio por vários motivos, inclusive por alguns de pouca importância.
RADICALIDE e LIBERALIDADE são os extremos que dão luz a essa discussão. É notável que esses extremos existentes desde a época de Cristo têm perdurado até os dias atuais causando grandes discussões entre os estudiosos da Bíblia. Isso ocorre porque a maioria analisa as afirmações contidas nos textos de forma isolada, visando criar prerrogativas para justificarem suas próprias ações ou para defender a alienação de suas ideias (opinião).
Para não tomarmos partido em um desses extremos, devemos abrir mão te toda e qualquer opinião formada a respeito do assunto e de toda e qualquer justificativa visando proteger as nossas ações ou as de terceiros. Somente assim faremos uma interpretação correta de acordo com as Sagradas Escrituras.
Iniciaremos então a analise dessa afirmação trazendo a definição de algumas palavras contidas no texto:

Fornicar: ter coito; importunar, aborrecer. (Dicionário Brasileiro Glogo).
Fornicação: - relações políticas, relacionamentos sexuais e religiosos ilícitos. (Dicionário Bíblico – Templus). No Novo Testamento, a fornicação é um dos pecados mencionados pelo apóstolo Paulo (cf. Rm 13.13; 1 Co 5.11; Gl 5.19; Ef 5.3; Cl 3.5).

Aprofundamento da analise:

Eu vos digo, porém, que qualquer que repudiar sua mulher, não sendo por causa de fornicação, e casar com outra, comete adultério; e o que casar com a repudiada também comete adultério.”

Jesus não está dizendo que havendo adultério (ou fornicação) é permitido casar-se novamente, caso contrário, seria muito fácil – toda vez que um casal sentir-se insatisfeito com o casamento, basta utilizarem (o que não será um importuno uma vez que a insatisfação já se instaurou no relacionamento) a traição como meio de se verem livres um do outro e desimpedidos para se casarem novamente. A pergunta que eu faço é: foi essa a vontade de Deus desde o início? Jesus diz que não – cf. v.8.
A vontade e o mandamento de Deus estabelecido desde o início é que “o que Deus uniu não o separe o homem.”. Assim permitir a separação e um novo casamento por qualquer motivo trata-se de um LIBERALISMO contrário a vontade de Deus. Por outro lado, dizer que em hipótese alguma um casal pode se separar soa como um RADICALISMO cruel e infundado.
Entendemos que Jesus estabelece aqui um motivo justo para a separação, mas não para um novo casamento. A fornicação aqui é apresentada como motivo justo para o divórcio, já o adultério é o pecado cometido por aqueles que se casam novamente, tendo ou não havido fornicação.
Se nos atentarmos que a discussão principal aqui é o divórcio e não um novo casamento, fica mais fácil compreender o que Cristo quis nos ensinar. Pense: “aquele que repudiar a sua mulher não sendo por causa de fornicação e casar-se com outra comete adultério”, - quer dizer então que aquele que repudiar a sua mulher, sem ser por causa de fornicação e NÃO casar com outra está agindo de forma correta diante de Deus? Claro que não. Poderíamos até pensar assim se o foco principal da questão fosse o um novo casamento, porém, o que está em questão é o divórcio e este sim é permitido caso haja a fornicação.
Em hermenêutica aprendemos que Bíblia explica a Bíblia, e que jamais podemos ficar preso em um único texto. Assim a verdade interpretativa aqui elucidada pode ser claramente confirmada em outras passagens bíblicas. Veja:
Marcos 10.11-12: “E ele lhes disse: Qualquer que deixar a sua mulher e casar com outra, adultera contra ela. E, se a mulher deixar seu marido, e casar com outro, adultera.”. Veja que nessa passagem a palavra fornicação nem aparece, pois aqui sim o foco principal é um novo casamento, e este em qualquer hipótese caracteriza-se como adultério. Isso mais uma vez confirma que o foco do texto de Mateus 19.9 é o divórcio e por isso a palavra fornicação aparece, pois o DIVÓRCIO é permitido em caso de fornicação, já o casamento, como revela Marcos não.
1 Coríntios 7.10: Todavia, aos casados mando, não eu mas o Senhor, que a mulher não se aparte do marido. Se porém se apartar, que fique sem casar, ou que se reconcilie com o marido; e que o marido não deixe a mulher.”. Paulo é bem claro aqui dizendo que se a mulher se apartar de seu marido deve ficar sem casar, assim, mais uma vez vemos que a única permissão dada por Deus é a separação, e esta somente em caso de fornicação.
Romanos 7.2-3: Porque a mulher que está sujeita ao marido, enquanto ele viver, está-lhe ligada pela lei; mas morto o marido, está livre da lei do marido. De sorte que, vivendo o marido, será chamada adúltera se for de outro marido; mas, morto o marido, livre está da lei, e assim não será adúltera, se for de outro marido.”. Nessa passagem vemos que um casamento, ou a ligação entre marido e mulher só acaba de fato quando há a morte de um dos cônjuges, ou seja, mesmo tendo ocorrido o divórcio, ambos continuam ligados.

CONCLUSÃO

Com base em Mateus 19.3-9 e com o auxilio de outros textos bíblicos, chegamos as seguintes conclusões:
·         O casamento foi instituído por Deus desde o princípio e só se encerra com a morte de um dos cônjuges.
·         O divórcio só permitido em caso de fornicação.
·         Um novo casamento não é permitido em hipótese alguma, exceto quando há a morte de um dos cônjuges.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

É sempre importante lembrarmos que Deus não leva em consideração o tempo da ignorância humana, ou seja, aqueles erros que cometemos antes de termos um encontro real com Cristo não interferirão em nossa busca de santidade, em nossa comunhão com Deus. - cf. Atos 17.30; Isaías 43.25. Mas isso não significa que estaremos livres das consequências de nossos erros, Deus perdoa, ama, restaura, porém tudo o que homem semear, isso também ceifará.” – Gl 6.7.

Que Deus vos abençoe!

André Buscaratti Silva

REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
BÍBLIA SAGRADA, edição Corrigida e Revisada – Fiel ao Texto Original.
BÍBLIA DE ESTUDO ALMEIDA, edição Revista e Corrigida.
BÍBLIA SHEDD, edição Revista e Atualizada.
DICIONÁRIO BRASILEIRO GLOGO, Editora Globo.
DICIONÁRIO BÍBLICO: conhecendo e entendendo a Palavra de Deus, editora Templus.


(Obs.: Esse estudo consiste em um trabalho apresentado para avaliação do 4º modulo – Abril, da disciplina Novo Testamento – Prof.º Pr. Frabizio Liporassi, do Seminário Teológico Ceforte - Polo de Ribeirão Preto-SP.).

Postagem nº 52 - São José do Rio Preto, 28 de abril de 2012-SAB
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