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"Porque não me envergonho do evangelho de Cristo, pois é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê." - Romanos 1.16

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sexta-feira, 3 de março de 2023

O Evangelho é um convite a parar de sofrer?

O Evangelho é um convite a parar de sofrer?

 O sermão só é bíblico se ele estiver embasado no TEXTO BÍBLICO. Não é de hoje que nossas igrejas foram inundadas por sermões NÃO bíblico. Desde o início da igreja este foi um problema nos púlpitos. Em várias cartas do apóstolo Paulo podemos encontrar advertências a esse respeito, que alertam os cristãos a respeito dos falsos mestres e doutores e das falsas doutrinas ensinadas por eles.

Nos dias atuais não é diferente... Um pseudo evangelho há anos vem sendo pregado nas igrejas. Um evangelho que encoraja o homem a conquistar riquezas terrenas, apresentando Deus como um agente viabilizador de sonhos e desejos individuais. Um evangelho que acima de tudo, convida o homem a parar de sofrer, negando o fato de que o sofrimento é inerente a existência humana.

CUIDADO!!! Um evangelho que propõe acabar com o sofrimento de humano NÃO É o Evangelho de Cristo. A proposta do Evangelho não é acabar com o sofrimento humano, mas sim trazer SALVAÇÃO para todo aquele que crê (Romanos 1.16), mesmo que isso implique (e certamente implicará) SOFRER.

Para que não fique apenas em minhas palavras, trago alguns dos muitos textos bíblicos que corroboram com essa ideia:

“Lembrai-vos da palavra que vos disse: Não é o servo maior do que o seu senhor. Se a mim me perseguiram, também vos perseguirão a vós; se guardaram a minha palavra, também guardarão a vossa.”

João 15.20

“Bem-aventurados os que sofrem perseguição por causa da justiça, porque deles é o reino dos céus; Bem-aventurados sois vós, quando vos injuriarem e perseguirem e, mentindo, disserem todo o mal contra vós por minha causa. Exultai e alegrai-vos, porque é grande o vosso galardão nos céus; porque assim perseguiram os profetas que foram antes de vós.”

Mateus 5.10-12

“Tenho-vos dito isto, para que em mim tenhais paz; no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo, eu venci o mundo.”

João 16.33

“Porque a vós vos foi concedido, em relação a Cristo, não somente crer nele, como também padecer por ele,”

Filipenses 1.29

“E também todos os que piamente querem viver em Cristo Jesus padecerão perseguições.”

2 Timóteo 3.12

“E também todos os que piamente querem viver em Cristo Jesus padecerão perseguições.”

2 Timóteo 3.12

 Embora a principal proposta do Evangelho não seja acabar com o sofrimento, sabemos que uma das muitas promessas do Evangelho é de que no fim, todo sofrimento cessará: “E Deus limpará de seus olhos toda a lágrima; e não haverá mais morte, nem pranto, nem clamor, nem dor; porque já as primeiras coisas são passadas.” (Apocalipse 21.4). Mas o fim do sofrimento não é uma promessa a ser alcançada nessa Terra, mas sim uma promessa a ser desfrutada na ETERNIDADE.

 Que o Espírito Santo nos conduza nesse entendimento, nos sustentando em todo tempo, nos momentos de paz e alegria, nos momentos de dor e fraqueza!

  

Graça e paz!

André Buscaratti Silva


Postagem nº 101 – São José do Rio Preto, 03 de março de 2023-SEX


domingo, 26 de fevereiro de 2023

PRINCÍPIOS DO SERMÃO BÍBLICO

PRINCÍPIOS DO SERMÃO BÍBLICO

 

Uma das primeiras coisas que aprendi no seminário teológico é que o sermão bíblico é um sermão fundamentado no TEXTO BÍBLICO. Por mais que isso pareça óbvio, na prática não é bem assim. Não raramente nos deparamos com pregações onde se ouve de tudo, menos a exposição do texto bíblico.

A dica que dou para quem deseja pregar é bem simples, mas que se seguida, te salvará desse grave erro de, ao propor entregar a mensagem de Deus, não entregar a mensagem de Deus. A dica consiste em três princípios a ser seguido:

LER o texto;

EXPLICAR o texto;

APLICAR o texto.

Muitas vezes observamos exatamente o contrário... O pregador LÊ o texto, SAI do texto e nunca mais VOLTA para o texto. Seria esse um dos motivos de termos uma geração de cristãos com tão pouco conhecimento bíblico? Por isso insisto e volto a repetir: um sermão embasado em qualquer outra coisa que não seja as Sagradas Escrituras, NÃO É um sermão bíblico.

Isso me faz lembrar do precioso conselho do apostolo Paulo ao seu filho na fé Timóteo.

 

Conjuro-te, pois, diante de Deus, e do Senhor Jesus Cristo, que há de julgar os vivos e os mortos, na sua vinda e no seu reino, que pregues a palavra, instes a tempo e fora de tempo, redarguas, repreendas, exortes, com toda a longanimidade e doutrina.

2 Timóteo 4.1-2

 

O apelo urgente e contundente do apóstolo Paulo se fazia necessário porque ele sabia que a sua hora (da morte) estava chegando; e que nos últimos dias as pessoas não suportariam a SÃ DOUTRINA.

 

virá tempo em que não suportarão a sã doutrina; mas, tendo comichão nos ouvidos, amontoarão para si doutores conforme as suas próprias concupiscências; e desviarão os ouvidos da verdade, voltando às fábulas.

2 Timóteo 4.3-4

 

A reponsabilidade dos que são chamados a esse ministério (do ensino, da pregação) não é a de agradar os seus ouvintes, mas sim de ser FIEL a mensagem contida na Palavra de Deus.

 

Mas tu, sê sóbrio em tudo, sofre as aflições, faze a obra de um evangelista, cumpre o teu ministério.

2 Timóteo 4.5

 

É evidente que ao expormos um sermão podemos compartilhar nossas experiencias pessoais (e de outros); podemos também fazer ilustrações, “contar histórias”; mas essas coisas não podem ser a base do nosso sermão. Podem sim ser ferramentas COMPLEMENTARES para auxiliar no entendimento.

Mas quero ainda destacar mais um ponto: a própria Bíblia está repleta de histórias verdadeiras e de testemunhos de pessoas reais; na própria Bíblia é possível encontrar inúmeras ilustrações que podem ser usadas de forma a complementar nossos sermões. O que será que está faltando: mais leitura bíblica ou acreditar que a Bíblia é a VERDADEIRA palavra de Deus?

Que o Espírito Sando nos conduza nesse entendimento, que seu auxílio seja abundante em nossas vidas e claro, em nossos sermões.

 

Graça e paz!

 

André Buscaratti Silva


Postagem nº 100 – São José do Rio Preto, 26 de fevereiro de 2023-DOM


quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

2013: O melhor de Deus ainda está por vir?

2013: O melhor de Deus ainda está por vir?

Não raras vezes nos deparamos com essa expressão. Mas qual o sentido dessa frase? Será mesmo que o melhor de Deus ainda está por vir? Em uma conversa com um querido amigo ele me pediu para escrever sobre esse tema. Aproveitando a ocasião – estamos às portas do ano 2013 – pensei ser este um bom momento para escrever sobre esse assunto.
Antes me diga: como foi o seu 2012? Muitas lutas? Muitas tribulações? Dificuldades? Matastes um leão por dia? Não se preocupe meu irmão (ã), em 2013 “o melhor de Deus para sua vida está por vir”... Ora, não seria esse o consolo que provavelmente muitos de nós ouviríamos dentro do convivo cristão? Todavia, seria esta a melhor maneira de consolar um cristão aflito, dizendo-lhe algo equivocado?
Há duas formas de se pensar essa expressão. Podemos entender esse “melhor” como a vida eterna ao lado de Jesus (fisicamente) ou podemos entender esse “melhor” como a solução dos nossos problemas nessa vil vida terrestre.  Desta forma, utilizar essa expressão pensando na vida eterna estaria sim correto. Porém, fica claro que na maioria das vezes as pessoas utilizam essa expressão como resposta às suas próprias mazelas ou as de terceiros, neste caso eu diria que O MELHOR DE DEUS JÁ VEIO HÁ MUITO TEMPO.
Onde está a nossa maior esperança: no sucesso obtido neste mundo ou na vida eterna alcançada em Cristo Jesus? Onde temos ajuntado tesouros? A respeito disso, Cristo nos orientou dizendo Porque onde estiver o vosso tesouro, aí estará também o vosso coração.” - Mateus 6.21. O MELHOR DE DEUS NÃO ESTÁ POR VIR, O MELHOR DE DEUS JÁ VEIO HÁ 2 MIL ANOS ATRÁS: JESUS CRISTO.
Cristo não é a certeza de uma vida de mar de rosas. Quando Cristo nos ofereceu uma paz não como o mundo dá (Jo 14.27), Ele não falava de uma vida sem problemas, dificuldades ou lutas, na verdade Ele falava da reconciliação com Deus por meio dEle mesmo (Rm 5.1). Sobre os nossos dias nessa Terra, Cristo já nos alertou: “Tenho-vos dito isto, para que em mim tenhais paz; no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo, eu venci o mundo.” – João 16.33... Que palavras maravilhosas!
Essas palavras me faz entender que Cristo não é a certeza da ausência de lutas, mas sim a certeza da vitória. Por isso, em Cristo temos plena paz, nEle mantemos firme a esperança de que em todos os momentos seja bons ou ruins, CRISTO ESTARÁ CONOSCO: “e eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos. Amém.” - Mateus 28.20b).
Paulo tinha plena convicção de que o melhor de Deus, a saber Cristo Jesus, já havia chegado em sua vida: “Não digo isto como por necessidade, porque já aprendi a contentar-me com o que tenho. Sei estar abatido, e sei também ter abundancia: em toda a maneira, e em todas as coisas estou instruído, tanto a ter fartura, como a ter fome, tanto a ter abundância como a padecer necessidade.” – Filipenses 4.11-12... Ora, a verdade das Sagradas Escrituras nos ensina que o melhor de Deus NÃO está por vir, JÁ VEIO, e por isso eu “POSSO TODAS AS COISAS NAQUELE QUE ME FORTALECE.”.
Quando entendermos que CRISTO É O MELHOR DE DEUS PARA NÓS (Jo 3.16), passaremos a viver de acordo com os propósitos de Deus para a nossa vida independentemente das circunstâncias que nos cerca. Deixaremos de viver esperando “o melhor de Deus” e passaremos a viver O MELHOR DE DEUS: CRISTO JESUS. Que isso se cumpra em nossas vidas nesse novo ano. Que em 2013 possamos verdadeiramente viver o Melhor de Deus para a nossa vida: Cristo.

“Porque para mim o viver é Cristo, e o morrer é ganho.”
Filipenses 1:21.

Desejo a todos que nos acompanham um 2013 repleto da GRAÇA Deus.

André Buscaratti Silva

Postagem nº 79 – São José do Rio Preto, 27 de dezembro de 2012-QUI

domingo, 30 de setembro de 2012

Hitler tem um lugar no céu

Hitler tem um lugar no céu

“Hitler tem um lugar no céu”... Todas as vezes que faço essa afirmação, tal causa espanto nas pessoas em minha volta. Muito desse espanto é provocado pela incapacidade que as pessoas hoje em dia têm de refletir. Os tempos modernos produziram pessoas acostumadas a receberem informação enlatada, ou seja, as pessoas não param para fazer uma reflexão profunda buscando o real significado de uma afirmação, de uma imagem, de uma ‘mensagem’ qualquer.
Na verdade, essa afirmação foi feita por um pastor batista que admiro muito: Pr. Ed René Kivitz. Quando ouvi essa afirmação, logo percebi a mensagem que ele queria transmitir, entendi que ele falava da GRAÇA DE DEUS. E a graça de Deus é assim mesmo, ela causa espanto... Alguém já disse que “quando o evangelho da graça de Deus é anunciado e ele não causa esse espanto, é porque ele não foi anunciado”.
Essa afirmação causa espanto porque ela reflete a GRAÇA DE DEUS. Quando digo que Hitler tem um lugar no céu, tal afirmação transmite uma verdade a respeito da graça de Deus, que na maioria das vezes as pessoas não conseguem perceber. Afirmar que Hitler tem um lugar no céu, é DIFERENTE de afirmar que Hitler está no céu, e essa segunda afirmação é a compreensão que a maioria tem ao ouvirem a primeira.
Não me arrisco dizer que Hitler está ou não no céu (paraíso), o que posso afirmar assegurado pela Palavra de Deus é que Hitler tem SIM um lugar no céu. Esse lugar no céu foi dado a todos os homens através da graça de Deus: Porque a graça de Deus se há manifestado, trazendo salvação a todos os homens.(Tito 2:11). Deus concede a Sua graça a TODOS os homens, independentemente de quem sejam.
Acontece que muito de nós confiamos em nossa própria justiça, em nossos méritos e por isso nos achamos mais dignos do céu do que Hitler. Mas a graça de Deus fere o nosso senso de justiça e por isso nos causa esse espanto. Todos nós pecamos e carecemos dessa graça (Rm 2.23); diante de Deus somos todos iguais e o Seu amor e graça é capaz de alcançar o mais terrível pecador.
Por mais dura que seja, a verdade é que nada do que fizermos nos tornará dignos de herdarmos  céu, mas é o favor imerecido que recebemos de Deus, a saber a GRAÇA, é que nos faz dignos do céu. Não são os nossos atos, mas sim o ato de um único homem: Jesus - Pois assim como por uma só ofensa veio o juízo sobre todos os homens para condenação, assim também por um só ato de justiça veio a graça sobre todos os homens para justificação de vida.(Rm 5:18).
Vemos que o que nos justifica diante de Deus, é a graça, ou seja, o que nos faz dignos do céu é a graça de Deus. Se a graça de Deus me garante um lugar no céu, por que Hitler não teria? Sou menos pecador do que Hitler? Somente nós homens fazemos classificação de pecados, mas para Deus somos todos iguais: PECADORES. É por isso que Deus oferece a sua graça a TODOS os homens.
Que possamos a cada dia confiar menos em nossa justiça para que possamos receber mais dessa graça (Lc 18.10-14).  Que possamos crer cada dia mais nesse amor, pois Deus prova o seu amor para conosco, em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores.(Rm 8.5)... O amor de Deus é INCONDICIONAL, isso significa que não podemos fazer nada para fazer com que Deus nos ame mais ou menos. O amor de Deus é por todos os homens, por isso Deus quer nos dar da Sua graça.

Que Deus nos ajude e nos abençoe.

André Buscaratti Silva


Postagem nº 72 – Guarulhos, 30 de setembro de 2012-DOM

sábado, 29 de setembro de 2012

QUEM É O MEU PRÓXIMO?

QUEM É O MEU PRÓXIMO? (Lucas 10.25-37 "Parábola do bom samaritano")

Já ouvi muitas discussões que giravam em torna da pergunta “quem é o meu próximo?”; por consequência, já ouvi também muitas definições a respeito de quem seja o nosso próximo. A preocupação de definir “quem é o meu próximo” surge em nossos dias a partir do mandamento dado por Cristo de amarmos o nosso próximo como a nós mesmos(Mt 22.39). Logo, todos nós queremos saber “quem é o nosso próximo” para sabermos “quem devemos amar”.
É interessante notar que essa dúvida não é algo presente apenas nos dias de hoje. Conforme vemos em Lucas 10.29 essa dúvida permeavam a mente das pessoas desde os tempos de Cristo. Na verdade, se pararmos para pensar que tal mandamento existe desde a Lei Mosaica (Lv 19.18), então essa dúvida talvez existisse desde os tempos de Moisés.
Mas enfim, quem é o meu próximo? Esse texto de Lucas nos ajuda a chegarmos a algumas conclusões a respeito de “quem é o nosso próximo”. Embora saibamos que o objetivo principal desse doutor da lei fosse o de provar Cristo, a dúvida que ele tinha é a dúvida que muitos têm hoje, e da mesma forma, a resposta que Cristo dá se encaixa perfeitamente a nossa realidade atual.
Já tive contado com a crença de que todas as pessoas indistintamente são o nosso próximo; cresci recebendo esse ensinamento. Hoje percebo que não é bem assim. Com base nas Sagradas Escrituras, farei 3 afirmações que irão por fim estabelecer algumas verdades a respeito do nosso próximo.
A 1ª afirmação que quero fazer é que nem todo mundo é o nosso próximo. Percebemos isso claramente nesta parábola do bom samaritano. Após contar a parábola, Jesus responde a pergunta do doutor da lei com outra pergunta: Qual, pois, destes três te parece que foi o próximo daquele que caiu nas mãos dos salteadores? (Lc 10.36)... Aqui Cristo deixa claro que nem todo mundo é o nosso próximo. Vemos que o sacerdote e o levita apenas passaram PERTO do homem caído, mas NÃO se fizeram próximos.
Uma possível definição de quem é o nosso próximo está na própria palavra “próximo”. Essa palavra já revela uma verdade sob a qual quero estabelecer a minha 2ª afirmação: o nosso próximo é aquele que estando perto, nos fazemos próximos, a começar por nossa família (1 Tm 5.10). É como se fosse um dégradé, ou seja, nossa família, nossos irmãos (1 Jo 4.21), nossos colegas de trabalho/escola, nossos vizinhos, as pessoas caídas em nosso caminho, resumindo: todos aqueles que estando pertos, nos fazemos próximos.
Mas é interessante notar que o doutor da lei desejava saber quem era o seu próximo e Jesus revela quem foi o próximo daquele caído na beira do caminho. Com isso Cristo estabelece uma relação de proximidade mútua, ou seja, não existe um bem feitor (o que está em pé) e um próximo (o caído), existe sim uma relação em que ambos são próximos: o bom samaritano é o próximo do homem caído e o homem caído é o próximo do bom samaritano... Assim chego a minha 3ª e ultima afirmação: devemos nos fazer próximos daqueles que estão pertos... Esse é o convite de Cristo.
Embora nem todo mundo seja o nosso próximo, Cristo nos ensina a sermos o próximo de todos aqueles que estão pertos. Muitas vezes nos preocupamos em sermos o próximo de todo o mundo, mas acabamos não sendo o próximo de ninguém. Vivemos a hipocrisia (1 Jo 4.20) de dizer que amamos todo mundo, mas na verdade não conseguimos amar nem mesmo aqueles que estão pertos.
Cristo nos ensina que não basta estar perto, precisamos nos fazer próximos; mais do que isto, Cristo nos convida a fazer de todos aqueles que estão pertos, o nosso próximo, portanto:

“Vai, e faze da mesma maneira.” (Lc 10.37).

Que Deus nos ajude e nos abençoe.

André Buscaratti Silva

Postagem nº 71 – Guarulhos, 29 de setembro de 2012-SAB

sexta-feira, 7 de setembro de 2012

Drogas VS Igreja

Drogas VS Igreja

Já é do conhecimento de todos que o problema com drogas não é mais apenas um fato isolado de um indivíduo, ou uma tragédia ocorrida em uma família, é na verdade um problema social que atinge todas as camadas da sociedade independentemente do credo, cultura, classe social, idade ou sexo. As drogas não escolhem suas vitimas.
Uma Pesquisa da fundação Getúlio Vargas (FGV) apontou que 62 % dos usuários de drogas pertencem à classe A, 50,7 % dos consumidores declarados de drogas no Brasil têm idade entre 20 e 29 anos e 30 % dos consumidores de drogas frequentam a universidade (Fonte: O Globo Online, em 24 out. 2007).
Para se ter uma ideia, o Brasil em 2008 já era o segundo maior consumidor de cocaína do mundo, com 870 mil usuários, ficando atrás apenas dos Estados Unidos (Fonte: Jailton de Carvalho - O Globo Online. Publicada em 6 jun. 2008.). Outro dado aponta que 22,8% da população no Brasil consome drogas e que o número de viciados em crack, cocaína e maconha na capital paulista chega a 1,6 milhão (Disponível em: < http://vencendoasdrogas.com/NUMEROS.htm > Acesso em: 09 nov. 2010).
O problema é tão sério, que até o poder publico tem dado atenção a este assunto. Nunca antes se ouviu falar tanto sobre drogas pelas autoridades publicas como hoje; nunca se viu a criação de tantas políticas a cerca desse assunto, e nunca antes se viu tanto investimentos dos governos nessa área.
Se antes um dependente químico era tratado como marginal, hoje aos olhos das autoridades ele é visto como um doente. Se antigamente esse dependente químico encontrava ajuda apenas nos grupos anônimos (na maioria das vezes nem na família encontrava) e tratamento apenas em clinicas particulares, hoje o governo oferece ajuda e tratamento em órgãos públicos, como por exemplo, o CAPS[1] e clinicas (Uniad[2], Cratod[3]).
Não iremos aqui discutir se esses investimentos são ou não suficientes, não vamos aqui discutir se essas políticas são ou não eficazes... O que queremos é na verdade mostrar o quanto essa realidade tem tomado importância no nosso dia a dia. E a discussão que será proposta nesse artigo não diz respeito às ações do governo, mas assim ao posicionamento da igreja diante dessa realidade.
Ao pensarmos sobre o posicionamento da igreja uma pergunta inevitável surge em nossa mente: O que temos feito? A resposta é MUITO POUCO, principalmente quando passamos a ter conhecimento da gravidade desse problema, principalmente quando passamos a perceber o quanto ele é grande podendo estar bem ao nosso lado.
Temos orientado nossas crianças e adolescentes a respeito desse assunto? Temos conversado abertamente com nossos jovens sobre drogas? Estamos promovendo encontros, estudos, debates, palestras com essa temática? E a igreja, está preparada para receber uma pessoa com esse problema e oferecer-lhe ajuda? Como nossa comunidade reagiria ao ver um “drogado” entrar em um culto? O acolheria ou o colocaria para fora?
Muitas vezes temos membros em nossas igrejas que estão passando por esse problema, mas nem sabemos. Muitas vezes temos irmãos (ãs) em nossas igrejas que já passaram por esse problema, porém não damos valor às experiências e aos ensinamentos que eles (as) podem nos transmitir.
E o que dizer daqueles que não estão em nossas igrejas, mas estão perdidos nas ruas, embaixo de marquises e pontilhões? Trataremos estes com antipatia chamando-os de vagabundos, perdidos? Trataremos estes com apatia olhando-os com o olhar da indiferença? O olhar que não nos permite enxergá-los? Ou trataremos estes com empatia, amando-os com o amor de Cristo, chamando-os para uma nova vida, e enxergando-os como semelhantes?
Podemos e devemos mudar essa situação. Essa mudança deve ocorrer de dentro para fora. Essa transformação deve ocorrer dentro de cada um de nós. Não adianta querermos abraçar o mundo se não conseguimos abraçar aqueles que estão ao nosso lado, não adianta querermos salvar aqueles que estão nas ruas enquanto perdermos os que estão ao nosso lado.
Não podemos nos conformar com essa realidade. Devemos nos preparar para ajudar primeiramente aqueles que estão ao nosso lado e em seguida, os que estão lá fora. Para isso é fundamental que haja uma renovação do nosso entendimento (Rm 12.2). Somente abandonando velhos (pré) conceitos e mudando a nossa maneira de pensar é que seremos capazes de oferecer ajuda.
Abandonar a idéia de que todo drogado é vagabundo, e a sina de que “uma vez drogado, sempre drogado” são os primeiros passos; aliás, essa palavra “drogado” já é em si carregada de preconceito e revela a total falta de conhecimento daqueles que a utiliza. Seria muito bom, coerente e humano se substituíssemos a palavra “drogado”, por dependente químico.
Agindo assim veremos a realidade em nossa volta ser transformada. Quando deixamos de ser conformados, a inconformidade gera mudanças. Então veremos verdadeiramente uma comunidade (igreja) que tem tudo em comum (At 2.37-47). Veremos pessoas ajudando e sendo ajudadas. Veremos uma igreja atuante além das quatro paredes.
Encerro com um ensinamento Bíblico a respeito da acepção de pessoas:

Todavia, se cumprirdes, conforme a Escritura, a lei real: Amarás a teu próximo como a ti mesmo, bem fazeis. Mas, se fazeis acepção de pessoas, cometeis pecado, e sois redargüidos pela lei como transgressores.” - Tiago 2:8-9

Para mudar o mundo, comece mudando você!

Deus vos abençoe!


André Buscaratti Silva

Postagem nº 69 - São José do Rio Preto, 7 de setembro de 2012-SEX

(Artigo apresentado como Trabalho de Sociologia, Prof.ª Suely Campos - Seminário Teológico Ceforte – Polo de Ribeirão Preto-SP).



[1] Centros de Atenção Psicossocial.
[2] Unidade de Pesquisa em Álcool e Drogas.
[3] Centro de Referência de Álcool, Tabaco e Outras Drogas.

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Masturbação é Pecado? {Parte 3 – A BÍBLIA ENSINA}

O que a Bíblia ensina? A Bíblia ensina que o sexo é uma benção de Deus que deve ser desfrutada dentro do casamento; e o casamento é um relacionamento firmado diante de Deus entre o homem e a mulher até que a morte os separe. Logo, o parceiro é único; se o parceiro é único ambos podem juntos descobrir o que (e como) lhes dão prazer em uma relação baseada no amor e não no individualismo.
Então com relação ao autoconhecimento na busca do prazer, vemos que tanto o homem como a mulher, pode conhecer os seus corpos juntos NO CASAMENTO. Logo, essa desculpa de que eu preciso conhecer o meu corpo para saber o que me dá prazer não tem sentido dentro dos princípios cristãos, pois este prazer e esta descoberta estão reservados para o casamento onde marido e esposa irão se aperfeiçoarem nessa relação juntos.
Todavia, sabemos que essa prática na maioria das vezes inicia-se na pré-adolescência, quando o menino e a menina começam a descobrir o seu corpo. Toques na hora do banho, por exemplo, levam tanto o garoto como a garota a experimentarem sensações nunca sentidas antes. Até aqui tudo bem, creio que Deus quis que fosse assim, caso contrário teria criado robôs e não seres humanos cheios de hormônios, estímulos e curiosidade.
Entretanto, é nesse momento que entra o papel fundamental dos educadores cristãos, através da orientação do certo e do errado, e do estabelecimento de limites. Essa “descoberta do corpo” na pré-adolescência é normal, saudável e positiva, porém, o quanto antes estes adolescentes saberem que masturbação é pecado, mais chances eles terão de não ver essa prática se transformar em um vício.
Por que é pecado? Primeiro temos que entender que essa descoberta não vai levar a vida toda, logo esses adolescentes terão pleno conhecimento do que é o seu corpo e do que estão fazendo com ele. Sendo assim, a insistência nessa pratica não resumirá mais em apenas estar conhecendo o seu corpo, mas sim na busca de um prazer reservado para o casamento (prazer sexual).
A busca desse prazer trará muitas consequências. Se o adolescente não abandonar essa prática ela se transformará em um vício, ou seja, o jovem e/ou adolescente perderá o domínio próprio (Gálatas 5.22-26) e se entregará as obras da carne, tornando-se assim escravo do pecado (masturbação). Tudo que nos vicia é pecado.
Se perguntarmos a um (a) jovem: “no que ou em quem você pensa enquanto se masturba?” Será que ele tem coragem de responder!? Quando alguém se masturba com certeza está pensando em algo ou alguém que não lhe pertence e isso é COBIÇA, lascívia, adultério e prostituição (Mt 5.27-28).
Ou então podemos perguntar: “Quando você sente vontade de se masturbar?” Será que ele vai dizer: “depois de ter orado e lido a Bíblia.”? CLARO QUE NÃO! Só sente o desejo de se masturbar quem está praticando as obras da carne (Gl 5.16-21) e deixando seus olhos se encherem de concupiscências (Tg 1.13-15).
Vemos que todo o contexto que envolve a prática da masturbação nos leva a conclusão que tal prática é pecado. E como proceder diante dessa situação? Quero encerrar com três perguntas e três passagens Bíblicas para ajudar os jovens, os adolescentes e até mesmo os adultos que têm enfrentado esse problema. Reflitam:

Quais têm sido os seus pensamentos?

Quanto ao mais, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto,
 tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo que é de boa fama,
se há alguma virtude, e se há algum louvor, nisso pensai.”
Filipenses 4.8

Seus atos têm glorificado a Deus?

Portanto, quer comais, quer bebais ou façais outra qualquer coisa,
fazei tudo para glória de Deus.”
I Coríntios 13.31

Você tem esperado o tempo de Deus em sua vida?

Tudo tem o seu tempo determinado,
e há tempo para todo o propósito debaixo do céu”.
Eclesiastes 3.1

Que Deus vos abençoe!

André Buscaratti Silva

Postagem nº 68 – São José do Rio Preto, 24 de agosto de 2012-SEX
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